Amazonas – Enquanto a Comissão Eleitoral Geral, instituída no dia 26 de janeiro deste ano, não dá o primeiro passo para a realização do pleito, publicando o edital com as regras para as eleições de 2022, uma rede de boatos e perseguições ao professor doutor André Zogahib tenta desconstruir a imagem do possível candidato da oposição ao atual reitor, Cleinaldo Costa.
No ano passado, ventilou-se na universidade que o professor Zogahib não poderia ser candidato em virtude de trabalhar na Fundação Amazonprev, onde ocupa o cargo de diretor-presidente desde 2019. Uma declaração, expedida pelo setor de Recursos Humanos da UEA, em janeiro de 2022, atestou que o professor doutor está em exercício regular de suas atividades como docente na Escola Superior de Ciências Sociais (ESO). O documento comprova que uma das regras para concorrer ao cargo de reitor está sendo cumprida: a permanência dentro da universidade, exercendo a função para a qual foi contratado após aprovação em concurso público.
Como o professor nunca se afastou das suas funções como docente para ficar integralmente á disposição da Amazonprev e o estatuto do Servidor Público do Amazonas permite o acúmulo de função de professor com outra atribuição em horários diferenciados, o boato não avançou em 2021.
Na sequência, a vida pessoal de André Zogahib foi desrespeitada por uma fake news a respeito de agressões familiares. Como o professor não têm registros de boletins de ocorrência na polícia e possui boas relações interpessoais, mais uma vez as notícias falsas não avançaram.
MP entra na história
Para surpresa do professor, que ainda não é sequer candidato em virtude do período de inscrição de chapas ainda não ter iniciado, agora o Ministério Público entrou no processo. Em publicação no Diário Oficial Eletrônico do dia 4 de fevereiro deste ano, o promotor de Justiça, Edgard Maia de Albuquerque Rocha, instaurou inquérito civil para apurar suposto ato de improbidade administrativa do servidor público estadual André Luiz Nunes Zogahib, por ter acumulado os cargos públicos de professor com o de gestor público.
Os documentos demandados pelo MP à UEA deverão ser reencaminhados pelo professor André Zogahib ainda esta semana à universidade, comprovando a lisura de suas ações. O estranhamento é de que tal medida do MP ocorra mais que três anos depois da nomeação como diretor-presidente da Amazonprev e mais estranho ainda é de que ocorra em período pré-eleitoral.