Carla Prata é portadora de uma doença rara e autoimune chamada Miastenia Gravis e revelou que teve muitas dificuldades em obter um diagnóstico. Em algumas vezes, até descobrir o que realmente lhe acometia, foi dito que se tratava de stress ou preguiça.
A apresentadora do programa “Selfie com Carla Prata”, exibido nacionalmente pela RedeTV!, aos domingos, mencionou também como foi complicado obter informações e entender um pouco mais sobre a doença, já que ainda não é muito divulgada.
Por isso, tendo em vista que no 2 de junho é o Dia Mundial de Conscientização da Miastenia Gravis, resolveu dedicar um tempo especial nesta semana para falar sobre a doença e interagir com os seus seguidores, abrindo caixa de perguntas com o objetivo de compartilhar experiências.
Carla Prata contou como foi o processo até ser diagnosticada, as dificuldades enfrentadas, deu dicas para ajudar na qualidade de vida e falou abertamente sobre os sintomas, respondendo às dúvidas dos seus seguidores.
“Eu tenho certeza que eu passo, passei e vou passar ainda uma coisa que todo mundo que tem Miastenia Gravis deve passar. Uma vez um ex namorado chegou e falou: “Você só tem Miastenia quando é conveniente a você”.
A apresentadora completou dizendo: “Hoje eu estou com o olho caído, muito cansada, tinha algumas coisas para fazer e desmarquei. Quem tem Miastenia tem que entender que em determinado momento é necessário descansar, ficar em casa. Não é a vontade da gente. Miastenia é flutuante. Tem que respeitar o limite do seu corpo”, desabafou Carla.
Para quem ainda não conhece, trata-se de uma doença neurológica de difícil diagnóstico que leva fadiga e fraqueza extrema, dificuldades de deglutição, atrapalha os movimentos, como mexer braços e pernas, até mesmo piora a respiração. São queixas frequentes também dificuldade para abrir os olhos e visão dupla, sendo capaz de afetar o corpo todo.
Frequentemente pessoas com Miastenia são taxadas de preguiçosas, pela fadiga e fraqueza ou de sonolentas.
“A crise Miastênica é simplesmente o que o causou o maior pânico no COVID: ela faz o pulmão parar. Só que no COVID, as pessoas conviviam com esse medo tempo determinado. A gente que tem Miastenia Gravis convive todo dia com esse ponto de interrogação. Tem miastênicos que não consegue abrir os olhos, outros que não conseguem ter mobilidade. Lembrando que a doença é flutuante, cada dia a pessoa está de um jeito”, pontua Carla Prata.
A apresentadora, que é portadora da doença na forma ocular, deixa um alerta a população: sentindo alguns dos sintomas como os aqui apontados, procure um médico para avaliação e orientação. A doença se apresenta de formas diferentes para cada pessoa, podendo umas passarem mais ou menos tempo numa determinada fase ou apresentarem sintomas que outras não possuem. O mesmo ocorre com a medicação. Por isso é uma doença bastante difícil.