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Belém será o norte do debate climático global – mas quais as lições de casa que ainda deve resolver?

Capital do Pará receberá COP-30 em novembro e lida com problemas de mobilidade urbana, destinação de lixo e saneamento; governo e prefeitura dizem fazer obras e desenvolver ações para resolver esses desafios

Por Paula Ferreira

Belém chega neste domingo, 12, ao seu 409º aniversário com todos os holofotes voltados para si. A capital do Pará será em novembro a sede da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), onde ocorrem as principais negociações para frear o aquecimento do planeta.

Embora seja palco do debate global, a cidade ainda tem muitas lições de casa ambientais pendentes, como na mobilidade,no saneamento e no tratamento de resíduos. Além disso, precisa aproveitar a oportunidade para impulsionar iniciativas da bioeconomia local e que deem escala para a renda gerada por manter a floresta em pé.

No evento, a cidade receberá chefes de Estado do mundo inteiro, além de ambientalistas, ativistas e jornalistas. Segundo o secretário do governo federal responsável pelo evento, Valter Correia da Silva, Belém vai dar conta do desafio: “fazer parte em SP ou Rio seria maluquice”.

Após frustrações nas últimas conferências, com travas nos acordos entre países ricos e pobres, Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, diz que a edição do evento na Amazônia será uma oportunidade de resgatar a “essência” da COP.

Mobilidade

● São esperados 100 mil visitantes na COP-30. A mobilidade já é um gargalo para Belém e região metropolitana, com congestionamentos e problemas de acesso, e os nós devem se agravar durante a cúpula. O governo do Pará constrói uma estrada de 13,3 quilômetros para desafogar o trânsito – 20% já foi concluída.

A Avenida Liberdade, porém, é alvo de críticas por cortar uma área de proteção ambiental. Especialistas veem riscos à biodiversidade, com fuga de animais e piora da água. Já o Estado diz prever na via 34 passagens de fauna para travessia de espécies, além de atender outros condicionantes da licença ambiental.

Além da Avenida Liberdade, outra saída é o BRT Metropolitano. A 1ª fase do projeto, de 10,8 km da BR-316, já foi entregue. A conclusão é prevista para até o meio do ano, com terminais de passageiros, estações, passarelas e calçadas.

Cerca de 470 mil passageiros circulam diariamente no transporte municipal e intermunicipal. O Estado diz que, junto da União, da prefeitura e do sindicato local das empresas de transporte, deve entregar até abril 600 novos ônibus com wi-fi e ar-condicionado para a região metropolitana.

  1. Fonte : Estadão
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