A Seleção Brasileira Sub-20, comandada por Ramón Menezes, deixou muita gente surpresa – incluindo quem costuma recorrer ao código da bet365 para apostar – quando sofreu uma goleada de 6 a 0 para a Argentina logo na estreia do Sul-Americano da categoria. Parecia impossível reverter aquela situação, mas o elenco reagiu de forma surpreendente, goleou o Chile por 3 a 0 na rodada decisiva e ainda contou com o revés da própria Argentina (3 a 2 para o Paraguai) para confirmar sua 13ª conquista no torneio.
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Reação imediata e foco no resultado
Depois do revés na fase de grupos, a conversa interna foi clara: era hora de corrigir rapidamente as falhas e ajustar o lado mental do elenco. O grupo entrou no hexagonal final com concentração redobrada, corrigindo erros defensivos que haviam sido fatais contra a Argentina. Jogo a jogo, o Brasil recuperou a confiança e chegou à rodada derradeira com chances reais de levantar a taça. Ao somar 13 pontos, a Seleção superou os 10 da Argentina, favorita ao título, garantindo mais um troféu continental para a galeria canarinha.
Histórico do Sul-Americano Sub-20
Com 13 conquistas, o Brasil segue como o maior vencedor da competição, à frente do Uruguai, dono de oito títulos, e da Argentina, que soma cinco. Essa edição não fugiu à regra de competitividade típica do torneio: as partidas costumam ser disputadas intensamente, servindo como termômetro para o Mundial Sub-20, principal objetivo dos jovens talentos que buscam espaço na seleção principal.
Superação: lições da derrota
O inesperado 6 a 0 para a Argentina foi um choque, mas acabou se tornando um ponto de virada. Embora a goleada pudesse indicar um abalo irreversível, o elenco demonstrou maturidade. A comissão técnica tratou de reorganizar não apenas aspectos táticos, mas também psicológicos, colocando cada jogador de volta aos trilhos. Esse processo de resiliência resultou numa sólida performance no hexagonal, com o time desenvolvendo jogadas mais coesas, refinando a marcação e aproveitando melhor as oportunidades de gol.
Esse poder de recuperação sugere que a nova geração brasileira, mesmo jovem, é capaz de lidar com adversidades. Tal experiência pode ser fundamental no Mundial Sub-20, agendado para ocorrer no Chile, de 27 de setembro a 19 de outubro. A Seleção certamente chegará embalada, mas ciente de que cada jogo será um teste de fogo para confirmar a evolução mostrada no Sul-Americano.
Craques revelados ao longo dos anos
A história do Brasil no Sul-Americano Sub-20 é marcada por uma lista extensa de craques que posteriormente brilharam na seleção principal. Em 1983, Bebeto, Dunga e Jorginho apareciam como promessas que, em 1994, levantaram a Copa do Mundo. Poucos anos depois, em 1985, Taffarel, Romário e Neto brilhavam, com o “Baixinho” consagrando-se artilheiro daquela edição.
Em 1987, o título escapou para a Colômbia, mas César Sampaio se projetou o bastante para ser titular na Copa de 1998. Já em 1988, Leonardo e Carlos Germano ajudaram o Brasil a levar a taça, enquanto em 1992 Dida aparecia como peça-chave de um sistema defensivo que não sofreu gols. Emerson, destaque de 1995, mais tarde marcaria presença nas Copas de 1998 e 2006.
Nos anos seguintes, nomes como Ronaldinho Gaúcho e Júlio César (1999), Adriano e Maicon (2001), Filipe Luís e Fernandinho (2005), e Neymar, Danilo, Casemiro, Alex Sandro e Oscar (2011) saíram do Sul-Americano Sub-20 diretamente para a elite do futebol. Em 2017, ainda que o Brasil tivesse feito uma campanha tão fraca a ponto de não se classificar para o Mundial, jogadores como Lucas Paquetá, Richarlison e Guilherme Arana chamaram a atenção, rendendo convocações importantes mais tarde.
Próximos passos e expectativas
A experiência positiva no hexagonal, aliada às lições deixadas pela derrota inicial, tende a fortalecer o grupo. Muitos desses jovens querem seguir os passos de gerações passadas que despontaram no Sub-20 e depois brilharam com a seleção principal. Assim, a caminhada até o título continental serve como lembrete de que nenhum revés é definitivo, e que o caminho para o sucesso muitas vezes é cheio de obstáculos. Para o Mundial, Menezes ainda poderá contar com outros jogadores importantes no País, como Estevão e Ryan Francisco, atacantes de Palmeiras e São Paulo, respectivamente.