Mariana Bazza aceitou ajuda do suspeito para trocar pneu do carro, em Bariri, e foi encontrada morta um dia depois em canavial. Rodrigo Pereira Alves foi indiciado por latrocínio.
A universitária Mariana Bazza, encontrada morta depois de ficar um dia desaparecida, foi assassinada por asfixia mecânica causada por estrangulamento, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara (SP).
A jovem desapareceu ao sair da academia onde frequentava, em Bariri (SP) , no dia 24 de setembro. Ela foi encontrada morta em dia depois em uma área de canavial em Ibitinga (SP).
Segundo a Polícia Civil, o laudo do IML não informa sobre abuso sexual, porém, a polícia não descarta o crime. Outros laudos foram pedidos pela polícia e ainda estão sendo elaborados em São Paulo. O resultado deve sair em até 60 dias.
O suspeito de matar Mariana, Rodrigo Alves Pereira, ajudou a universitária a trocar o pneu do carro momentos antes dela desaparecer.
Ele foi preso em Itapólis (SP) e está sendo indiciado por latrocínio, que é o roubo seguido de morte, por ter levado o carro da vítima. O veículo também foi encontrado em Itápolis.
Uma câmera de segurança da academia registrou quando Rodrigo aborda Mariana para falar que o pneu estava murcho.
Nas imagens dá para ver os dois conversando até que, Rodrigo atravessa a avenida e entra em uma chácara. Mariana entra no carro e vai até o local na sequência.
No imóvel, o suspeito trocou o pneu do carro de Mariana. A jovem chegou a fazer uma foto dele trocando o pneu e mandou para parentes.
Nós estamos em diligências para conseguir novas imagens e também testemunhas que possam colaborar e tirarmos essa dúvida se ele premeditou ou foi uma mera ocasionalidade”, afirma o delegado Durval Izar Neto, responsável pelas investigações.
Ainda segundo o delegado, inicialmente o inquérito foi aberto como latrocínio consumado, mas são apurados também estupro, homicídio e sequestro.
Rodrigo teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia realizada no dia 25 de setembro. Ele negou que tenha matado Mariana e apontou a existência de outra pessoacomo responsável pelo crime. No entanto, a polícia acha pouco provável que essa hipótese seja verdadeira.
“Ele fala de uma terceira pessoa que estaria com o veículo, porém imagens mostram que ele saiu com o veículo. E não há informações dessa terceira pessoa, não há imagens, não há testemunhas. Não vamos descartar, mas é pouco provável que exista outra pessoa envolvida.”
O delegado aguarda outros laudos periciais, além de informações sobre os locais por onde o suspeito passou, para concluir o inquérito e encaminhar à Justiça.
“Os exames vão apontar a hora da morte para podermos saber onde ela foi morta, porque existem duas possibilidades: ou ele matou a Mariana na chácara ou no local onde o corpo foi encontrado”, afirma Izar Neto.
Mariana foi achada morta em área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri. Ela estava de bruços, com as mãos amarradas para trás e um tecido no pescoço.