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O município de Silves/Am, localizado a mais de 300km da capital, na década de 80 e 90 era conhecido por ter um dos maiores e mais belos festivais do Amazonas, tornando-se referência no estado naquela época. Infelizmente, com o descaso, essa festa passou por um grande declínio, uma crise que afetou todos no qual dependiam daquilo, principalmente na área financeira. Hoje, a Liga Silvense dos Grupos Folclóricos, formada em 2017 por um grupo de jovens vindos dos próprios grupos folclóricos, se uniram e hoje lutam arduamente para resgatar seu grandioso festival.
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O Festival Cultural e Artístico de Silves (Fecasi), nada mais é que a luta por nossa indentidade cultural, dessa vez, somos uma só voz em defesa de nossa cultura. Nos demos as mãos, gritamos e juntamos forças para que nosso patrimônio não se perca no tempo.
Muitos se perguntam, por que cultura é tão importante para a sociedade?
Cultura é uma expressão da construção humana. A cultura é construída através do diálogo entre as pessoas no dia a dia. Nessa interação social é construído gradativamente símbolos e significados que tem sentido a essas pessoas, e são compartilhados entre elas. A construção de uma cultura está repleta de elementos e significados que vão identificar esse povo como pertencente a uma determinada comunidade ou região, diferenciando-os de outras comunidades, surge assim, a identidade cultural.
Acredita-se que: se as pessoas têm conhecimento de suas próprias raízes e conscientemente sabem da relevância das mesmas para suas vidas, passarão a valorizar esse conhecimento transmitindo-o para as gerações futuras, isso evitará que sejam esquecidas ou adormecidas. Dessa forma, a memória do povo continuará sendo “aquecida”.
“Quem não vive as próprias raízes não tem sentido de vida. O futuro nasce do passado, que não deve ser cultuado como mera recordação e sim ser usado para o crescimento no presente, em direção ao futuro. Nós não precisamos ser conservadores, nem devemos estar presos ao passado. Mas precisamos ser legítimos e só as raízes nos dão legitimidade” (autor desconhecido)