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Eneva, Natura e Accor firmam parceria para fortalecer rede de proteção à mulheres no Amazonas nas cidades de Silves e Manaus

A luta pela proteção às mulheres vítimas de violência ganhou um importante reforço com a parceria entre a Eneva e o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas, fundado pelo Instituto Natura e a rede hoteleira Accor, firmada nesta terça-feira, 18 de março, em Silves, no interior do Amazonas. A solenidade de assinatura do Termo de Parceria entre a Eneva, o Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas e as prefeituras de Silves e Itapiranga, ocorreu no auditório da Prefeitura de Silves e contou com a presença de autoridades e representantes das organizações.

A iniciativa integra o Programa Acolhe, realizado em conjunto com o Instituto Natura e a Accor, sendo um dos pilares do Fundo de Investimento Social Privado pelo Fim das Violências contra Mulheres e Meninas. O objetivo do Programa Acolhe é aprimorar e ampliar a rede pública de atendimento e proteção a mulheres em situação de violência. A ação conta, ainda, com o apoio do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) – responsável pela sua gestão – e do Bem Querer Mulher, que garante suporte técnico para o seu funcionamento.

Para proteger mulheres em situações de violência, o programa oferece abrigamento alternativo e temporário de até 15 diárias em hotéis da rede Accor, além de fornecer uma gama de serviços que inclui pensão completa, lavanderia, internet, atendimento social, psicológico e jurídico. As mulheres e filhos também contam com auxílio da rede socioassistencial multiprofissional de acesso a direitos das mulheres presentes em cada município que está recebendo o projeto. Juntamente com o abrigamento, o Programa acolhe disponibiliza formações e fortalecimentos das políticas públicas locais.

“Na Eneva, acreditamos que sustentabilidade inclui a promoção da equidade social e do empoderamento feminino. Por isso, temos orgulho de apoiar o fortalecimento da rede de proteção a mulheres, uma iniciativa essencial para enfrentar a violência contra mulheres em nossa área de influência. As mulheres são a base das comunidades, principalmente em áreas rurais, desempenhando papeis fundamentais na economia local, na educação e no bem-estar das famílias. Quando elas se sentem seguras, apoiadas e empoderadas, toda a comunidade se beneficia com maior resiliência econômica, melhores condições de saúde e laços sociais mais fortes. Ao investir em sua proteção e liderança, não estamos apenas defendendo direitos fundamentais, mas também impulsionando o desenvolvimento sustentável onde ele é mais necessário. Este projeto reflete nosso compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva — onde cada mulher tem a oportunidade de prosperar e construir um futuro melhor para si, sua família e sua comunidade”, afirma Flavia Heller, Diretora-Executiva de Estratégia e Sustentabilidade da Eneva.

“Na Accor, acreditamos firmemente na importância de criar ambientes seguros e inclusivos para todas as mulheres e nossa missão é cuidar de todas com zelo, generosidade e dedicação. O Programa Acolhe nos permite receber as vítimas de violência doméstica e seus dependentes com muito carinho em nossos hotéis. Estamos muito contentes com o apoio da Eneva para alavancar ainda mais este projeto tão especial”, afirma Magda Kiehl, Vice-Presidente Sênior de Legal, Compliance & Segurança na divisão Premium, Midscale & Economy e líder do programa de gênero RiiSE para a Accor Américas.

Em vigor desde 2020, o programa contempla mais de 364 municípios espalhados pelo Brasil. Ao todo, mais de 9 mil diárias já foram oferecidas às mulheres em situação de violência e mais de 2 mil agentes de redes públicas voltadas para o enfrentamento à violência de gênero foram impactados pelo projeto.
Para Beatriz Accioly, Líder de Direito das Mulheres do Instituto Natura, é fundamental que haja um esforço social coletivo para transformar a realidade das brasileiras, garantindo meios para que mulheres possam romper ciclos de violência. “O Amazonas é um dos territórios brasileiros com as maiores taxas de feminicídio, por isso, precisa de muita atenção e de parcerias robustas entre o Estado e a sociedade civil que estejam dispostas a promover mudanças positivas em prol de uma sociedade mais justa e respeitosa. Visando a garantia de direitos das mulheres amazonenses, ficamos muito honradas em seguir viabilizando o Acolhe para o estado.”

Dados de violência de gênero na região norte do Brasil

De acordo com o Mapa Nacional da Violência de Gênero, projeto viabilizado pelo Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV), do Senado, e pelo Instituto Natura, o Amazonas é o estado líder da Região Norte em casos de violência contra a mulher. No estado, 57% das mulheres já foram vítimas de violência. A marca supera a média nacional, de 48%. O levantamento também aponta que 74% das mulheres amazonenses conhecem alguém que sofreu violência doméstica. Os dados são de 2024.

Projetos em desenvolvimento e atuação regional da Eneva

A Eneva desenvolve importantes projetos no Amazonas e Sergipe. No Amazonas, a empresa mantém a construção do Complexo Termelétrico Azulão 950, com capacidade de 950 MW, que atenderá 4 milhões de residências. Também é responsável pelo Complexo Azulão-Jaguatirica, que abastece a Usina Jaguatirica II em Boa Vista (RR) com gás natural, substituindo a geração antes realizada a partir do óleo diesel. A usina de Jaguatirica II atendendo a até 70% da demanda do estado.

Em Sergipe, a Eneva opera o Hub Sergipe, um terminal que oferece energia limpa e flexível para indústrias como Vale, Termopernambuco, Linhares Geração e Cerâmica Capri. O Hub é o primeiro terminal privado de GNL conectado à malha de transporte de gás da transportadora TAG, garantindo um fornecimento seguro e adaptável para o mercado industrial.

Elas Empreendedoras – Dentre as ações sociais que realiza, a Eneva reafirma seu compromisso com o empreendedorismo feminino por meio do projeto social “Elas Empreendedoras”, que já impactou mais de 400 mulheres nos estados do Maranhão, Ceará, Roraima, Sergipe e Amazonas. A iniciativa busca fortalecer a geração de renda local, oferecendo capacitações que desenvolvem habilidades e impulsionam negócios liderados por mulheres. Desde 2020, a Eneva já investiu mais de R$ 2 milhões no projeto, alcançando resultados transformadores. Em Itapiranga (AM), por exemplo, todas as participantes, que antes viviam abaixo da linha da pobreza, conseguiram aumentar sua renda em cerca de 500%, saindo dessa condição em 2023. Com essa atuação, a Eneva reafirma seu compromisso em promover um impacto social positivo e sustentável nas comunidades onde está presente.A líder de Direito das Mulheres do Instituto Natura, Beatriz Accioly, destaca que o Amazonas é um dos territórios brasileiros com as maiores taxas de feminicídio. De acordo com o Mapa Nacional da Violência de Gênero, o Amazonas é o líder da região Norte em casos de violência contra a mulher. O levantamento aponta que 57% das mulheres no estado já foram vítimas de violência, superando a marca nacional de 48%.

“O Programa Acolhe é o resultado de uma parceria privada para apoiar o estado nas políticas públicas de atenção, proteção e segurança às mulheres em situação de violência. A gente tem um histórico de atuação no Brasil de mais de cinco anos, em que cerca de 70% a 90% das mulheres que passam pelo programa não voltam a experimentar situações de violência nos anos seguintes. A gente só se alegra e se orgulha muito desse resultado”, destacou.
Beatriz explica que o programa atua junto às secretarias de assistência social e delegacias, dando esse suporte às vítimas, mas ela destaca que essas mulheres podem acessar o programa até mesmo pelo Disque 180. Ela relata que já houve registro de vítimas de violência acolhidas pelo programa que souberam do projeto através de outras iniciativas.

Por meio do projeto, as mulheres e seus filhos também contam com o auxílio da rede socioassistencial multiprofissional de acesso a direitos das mulheres presentes em cada município que está recebendo o projeto. Juntamente com o acolhimento, o programa disponibiliza formações e fortalecimentos das políticas públicas locais.

“A gente tem uma rede de mulheres já ali em cima de Itapiranga, através dos nossos projetos de empreendedorismo. A gente sabe que elas são multiplicadoras importantes para que outras mulheres conheçam o programa. Eu acho que um aspecto muito importante do programa é justamente a capacitação da rede pública, porque a gente não quer que o programa tenha um efeito determinado em um período de tempo determinado. A gente quer que isso se prolongue. E, idealmente, a gente não tenha que acolher mais mulheres, mas que menos mulheres precisem ser acolhidas”, afirmou.
Desde a sua criação, em 2020, o programa já contemplou mais de 364 municípios espalhados pelo Brasil. Ao todo, mais de 9 mil diárias foram oferecidas às mulheres em situação de violência, e mais de 2 mil agentes de redes públicas voltadas para o enfrentamento da violência de gênero foram impactados pelo projeto. No Amazonas, 60 mulheres vítimas de violência foram acolhidas pelo programa no ano passado.

“A nossa previsão com esse apoio da Eneva ao Programa Acolhe aqui no estado do Amazonas é que ele possa continuar crescendo. Que a gente consiga pelo menos dobrar a quantidade de mulheres que a gente vinha acolhendo aqui no estado por ano e que a gente também consiga interiorizar o acesso ao programa, em especial nos municípios de Silves, Itapiranga e região”, disse Beatriz.
O Programa Acolhe conta ainda com o apoio do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), responsável pela sua gestão, e do Bem Querer Mulher, que garante suporte técnico para o seu funcionamento.

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