InícioINTERNACIONALErro médico leva à 4mput4ção de p3nis de recém-nascido

Erro médico leva à 4mput4ção de p3nis de recém-nascido

Um erro médico trágico resultou na amputação total do pênis de um recém-nascido de apenas sete dias de vida na Somália. O incidente ocorreu durante um procedimento de circuncisão realizado em 2023, quando um cirurgião inexperiente utilizou calor excessivo ao cauterizar o prepúcio do bebê.

O caso, detalhado na revista médica Annals of Medicine & Surgery, revela que o uso inadequado da cauterização levou à necrose dos tecidos penianos. A pele do órgão mudou de cor e morreu, exigindo a remoção do tecido comprometido para evitar infecções e complicações ainda mais graves. “Infelizmente, todo o órgão morreu junto com a pele que o cobria”, relataram os médicos responsáveis pelo caso.

Para preservar a funcionalidade urinária da criança, os especialistas inseriram um cateter na uretra do bebê, que permaneceu no local por três meses. Durante esse período, o recém-nascido recebeu acompanhamento médico contínuo para garantir a cicatrização adequada. No entanto, o futuro do menino é incerto, e não se sabe se ele poderá passar por cirurgias reconstrutivas no futuro.

Riscos da circuncisão malfeita
A circuncisão é um procedimento comum em diversas partes do mundo, incluindo a África Oriental e os Estados Unidos, onde cerca de 80% dos homens entre 14 e 59 anos são circuncidados. Embora as complicações sejam raras quando a cirurgia é realizada corretamente, erros médicos podem ter consequências devastadoras.

Estudos apontam que a taxa global de complicações da circuncisão gira em torno de 1,5%, variando conforme a região. Nos Estados Unidos, essa taxa é de aproximadamente 2%. No entanto, o caso da Somália serve como um alerta para os riscos de procedimentos mal realizados.

Histórico de negligência médica
O médico responsável pelo erro na Somália tem um histórico de negligência médica. Em 2021, ele realizou uma circuncisão malsucedida nos Estados Unidos, ignorando um sangramento excessivo no bebê. A criança precisou ser levada a outro hospital, onde os médicos ficaram “visivelmente chocados” com a gravidade dos ferimentos.

O médico foi condenado a pagar US$ 100 milhões à família da criança. Além disso, ele se envolveu em outras tragédias médicas, incluindo a morte de seis pacientes sob seus cuidados e falhas graves em procedimentos ginecológicos.

A família da criança na Somália, que deseja permanecer anônima, afirmou que teria evitado o procedimento se soubesse do histórico do médico.

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