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EUA e Coreia do Sul simulam ataque a armas nucleares norte-coreanas

Soldados sul-coreanos e dos Estados Unidos simularam um ataque a uma instalação da Coreia do Norte suspeita de abrigar armas de destruição em massa durante um treinamento em Yangju, perto da interfronteira coreana, nesta quarta-feira (12).

O treinamento faz parte do Freedom Shield, o exercício militar conjunto anual entre os dois países, que começou na segunda-feira (10). Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a ação foi projetada para neutralizar arsenais nucleares do regime de Kim Jong-un em um cenário de guerra total.

Cerca de 500 militares participaram da simulação, que também envolveu drones equipados com rifles, veículos armados não tripulados e um robô de quatro patas.

Tropas sul-coreanas usando máscaras de gás lideraram a incursão enquanto forças americanas, guiadas por veículos armados, avançaram até um bunker subterrâneo para apreender uma simulação de uma arma de destruição em massa.

O Freedom Shield é amplamente condenado pela Coreia do Norte, que disparou na segunda-feira mísseis balísticos no Mar Amarelo em um aparente protesto contra o exercício militar dos dois países.

Na terça (11), Pyongyang denunciou o treinamento como um ataque “antecipado” às suas instalações nucleares, segundo a Yonhap. Em resposta, Seul e Washington afirmam que os exercícios têm caráter defensivo.

Reação norte-coreana

A Coreia do Norte voltou a condenar os exercícios nesta quarta. A KCNA, agência estatal do país, classificou um acidente envolvendo caças sul-coreanos na semana passada como um “sinal ameaçador”.

Na última quinta-feira (6), dois KF-16 lançaram acidentalmente oito bombas sobre uma vila perto da fronteira intercoreana, ferindo 31 pessoas, incluindo 19 civis, devido a um erro humano.

Pyongyang alertou que, caso uma das bombas tivesse cruzado a fronteira, o resultado poderia ter sido “desastroso”, exigindo a interrupção imediata do que chamou de “simulação de guerra nuclear”.

“Estamos observando cada ato militar dos inimigos e passaremos a uma ação implacável sem aviso em caso de emergência”, declarou o regime em um comunicado.

Fonte: R7

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