O fenômeno das terras caídas atingiu diversas comunidades ribeirinhas de Coari nas últimas semanas, resultando em sérios impactos na infraestrutura elétrica local. As primeiras ocorrências foram registradas em Itapeua, no dia 17 de setembro de 2024, seguidas pela Comunidade São José do Matogrosso, no dia 19 de setembro, Comunidade Nossa Senhora do Livramento, na Costa do Juçara, no dia 26, e Comunidade Santa Maria, também na Costa do Juçara, no dia 28 de setembro.
O desabamento de terra soterrou o cabo de energia subaquático que alimenta diversas comunidades, interrompendo a rede elétrica que serve aproximadamente mil famílias em 39 comunidades do Médio e Baixo Solimões. Além do cabo soterrado, postes de energia estão em risco de queda, aumentando os desafios para o restabelecimento da energia na região.
De acordo com João Esperança, técnico especializado em cabos subaquáticos, o primeiro passo para solucionar o problema é localizar o cabo submerso sob toneladas de terra, uma tarefa complexa que exige equipamentos e expertise específicos. “A nossa prioridade agora é encontrar o cabo, verificar sua integridade, e então começar os reparos necessários para religar a energia”, explicou João.
O cabo subaquático, que tem extensão de 1,7km e pesa cerca de 8 toneladas, representa um enorme desafio de manutenção. A Prefeitura de Coari está atuando em conjunto com a Amazonas Energia para garantir o suporte necessário às operações. Em reunião realizada hoje, 10 de outubro de 2024, com a presença do prefeito em exercício Edilson Lima, secretários municipais e representantes da concessionária de energia, foram discutidos os detalhes e a complexidade do problema e agendamento de reunião com lideranças de todas as comunidades afetadas. O gerente da Amazonas Energia em Coari, Samuel Batista, apresentou um panorama das dificuldades e afirmou que em breve será divulgado um cronograma de trabalho para a recuperação da rede elétrica.
“Sabemos da urgência de restabelecer a energia para as famílias atingidas, e a Prefeitura de Coari está comprometida em apoiar integralmente os trabalhos para garantir que tudo volte ao normal o mais rápido possível”, afirmou o prefeito em exercício Edilson Lima.
As famílias que perderam suas casas devido aos deslizamentos de terra já estão recebendo aluguel social como medida emergencial, e o governo municipal segue acompanhando a situação de perto para oferecer todo o suporte necessário.
Enquanto os trabalhos de manutenção avançam, as comunidades seguem recebendo assistência da prefeitura e de órgãos competentes, na expectativa de que o serviço seja restabelecido o quanto antes.