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Fevereiro Roxo: a importância da atividade física e a conscientização sobre doenças autoimunes

Especialista da UNINORTE destaca benefícios dos exercícios físicos para pacientes com essas condições

O mês de fevereiro é marcado pela campanha “Fevereiro Roxo”, um movimento de conscientização sobre doenças autoimunes, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a artrite reumatoide acomete cerca de 1% da população global. Já o lúpus, mais prevalente em mulheres, apresenta uma taxa de 60 a 70 casos a cada 100 mil habitantes no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Lúpus (ABRALUPUS).

A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) aponta que a esclerose múltipla tem uma incidência de 10 a 15 casos por 100 mil habitantes no país. Já a doença celíaca, uma condição autoimune associada ao glúten, afeta aproximadamente 1 a 2% da população. Embora não exista um levantamento oficial consolidado sobre a prevalência total dessas doenças no Brasil, estima-se que entre 5% e 8% dos brasileiros convivam com algum distúrbio autoimune.

O objetivo da campanha é informar a população sobre os impactos dessas condições na vida dos pacientes, desmistificar conceitos equivocados e incentivar cuidados adequados. Doenças autoimunes são caracterizadas por uma resposta inadequada do sistema imunológico, que ataca células e tecidos saudáveis do organismo. Como consequência, podem provocar sintomas debilitantes e comprometer diversas funções corporais.

Por outro lado, fevereiro também se torna um momento para reforçar a importância dos hábitos saudáveis, especialmente a prática regular de exercícios físicos, que desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Embora essas enfermidades exijam acompanhamento médico contínuo, a atividade física auxilia no controle dos sintomas e no fortalecimento do sistema imunológico.

A prática regular de exercícios físicos, quando supervisionada por profissionais qualificados, pode trazer diversos benefícios para pessoas com essas doenças. A atividade física ajuda na redução da inflamação, no fortalecimento muscular, na melhoria da mobilidade articular e na promoção do bem-estar geral. Além disso, os exercícios contribuem para a redução do estresse, que é um fator desencadeante para crises em muitos pacientes com doenças autoimunes.

O professor de Educação Física da UNINORTE, Davy Mendes, destaca que os exercícios devem ser adaptados às necessidades individuais de cada paciente, respeitando suas condições físicas e recomendações médicas. Ele também compartilha algumas dicas essenciais para aqueles que desejam iniciar ou manter uma rotina de atividades:

Procure orientação profissional: Antes de iniciar qualquer programa de exercícios, é fundamental consultar um médico e um profissional de Educação Física, que possa elaborar um plano de atividades personalizado;

Comece devagar: Se você está iniciando a atividade física ou se esteve retomando após um período inativo, o ideal é iniciar com caminhadas e alongamentos, aumentando a carga gradualmente;

Priorize exercícios de baixo impacto: Para evitar lesões nas articulações e reduzir o risco de sobrecarga, atividades como hidroginástica, yoga, pilates e caminhada são altamente recomendadas;

Escute o seu corpo: A dor e o cansaço excessivo não devem ser ignorados. É importante respeitar os limites do corpo e ajustar os treinos de acordo com o que seu organismo está pedindo;

Mantenha uma rotina consistente: Para obter os benefícios da atividade física, é fundamental praticá-la de forma regular. Tente estabelecer uma rotina semanal que envolva exercícios moderados, pelo menos três vezes por semana;

“Exercícios de alongamento e fortalecimento muscular são essenciais para manter as articulações e os músculos ativos, melhorando a mobilidade e evitando o desgaste prematuro. O cuidado com a alimentação e a hidratação adequada tem que ser feita e acompanhada por um nutricionista que vai garantir o sucesso do treinamento e o bem-estar geral do paciente. Uma dieta balanceada ajuda a controlar a inflamação e a garantir energia para a prática dos exercícios”, explica Davy.

Mais do que uma campanha de conscientização, o Fevereiro Roxo reforça a importância do autocuidado e do apoio às pessoas que convivem com doenças autoimunes. A prática de exercícios físicos, quando adaptada e acompanhada por profissionais capacitados, pode ser uma ferramenta essencial no controle dos sintomas, promovendo saúde física e mental.

Fonte: Uninorte

Foto: Freepik

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