O São Paulo perdeu ontem para o Fortaleza. Oitavo jogo no Brasileiro sem vitória. Três empates e cinco derrotas. Libertadores, só se ganhar a Copa do Brasil. Dorival assumiu: avisou a diretoria que isso iria acontecer
Há oito rodadas do Brasileiro, o São Paulo estava em quarto lugar.
Mas o foco era a Copa do Brasil.
E havia o Palmeiras e o Corinthians pela frente.
Deixou os dois grandes rivais no caminho e chegou à final.
Mas o Campeonato Nacional foi deixado completamente de lado.
Com a derrota de ontem, diante do Fortaleza, por 2 a 1, o clube está estagnado na 13ª posição. A 12 pontos da sexta colocação, que garante vaga à Libertadores de 2024. E a quatro da zona do rebaixamento.
Com a bênção da diretoria, Dorival Júnior assumiu o “tudo ou nada”.
Ou o clube consegue ser campeão pela primeira vez na sua história da Copa do Brasil, no domingo. Ganha título e vaga garantida para a principal competição da América do Sul, no próximo ano.
Ou mergulha na crise, porque não chegará à Libertadores pelo único caminho que resta, o Brasileiro.
Dorival Júnior fez questão de deixar claro que, para ele, não havia outra opção.
Correr o risco de um fracasso para buscar o título.
“O perigo é iminente e calculado. Nós não podíamos fazer o que a gente vinha fazendo em outras fases, com disputas a toda semana. Não tinha como colocá-los [os titulares] em campo. Chegamos em uma final, antes estávamos brigando por uma passagem de fase.”
O treinador deixou claro que não é “dono do São Paulo”. E a decisão de colocar reservas, poupar titulares durante os jogos do Brasileiro, foi também da diretoria. A palavra final foi do presidente Julio Casares, que mirou a Copa do Brasil.
“Abrimos para a diretoria opinar e que a gente não excluísse essa oportunidade. Poderíamos ter resultados bem melhores do que aconteceram, mas me preocupa muito o jogo de domingo. A gente está focado nesse jogo.”
O treinador percebeu pelas perguntas dos jornalistas que o risco foi grande demais, se o São Paulo não conseguir empatar com o Flamengo, seu trabalho passará a ser questionado. Ele ficou muito sério ao perceber o questionamento.
“Não estou trabalhando essa equipe há 20 dias, mas desde abril. Estou condicionando o grupo para chegar a uma decisão. Não tenho dúvidas que estaremos atentos a tudo o que for possível. É um jogo e tudo pode acontecer, mas estamos trabalhando com atenção para erros não acontecerem.”
Dorival tentou animar o time reserva. Mas não conseguiu evitar mais uma derrota no Brasileiro. Situação ruim
Dorival também fez questão de garantir que seu time não entrará para segurar o 0 a 0. Não será defensivo, sonhando empatar e se tornar campeão.
“Você não administra o resultado. O trabalho que vem sendo feito por diretoria, jogadores e entorno do clube, percebi que algo bom vai acontecer. Não imaginei que chegaria tão cedo a uma final, em apenas sete meses de trabalho. Não imaginei que aconteceria e aconteceu.”
E também não quis assumir favoritismo, depois da excelente partida de seu time, na vitória no Maracanã, na primeira final, por 1 a 0.
“Tudo pode acontecer no domingo, mas não vai faltar luta, entrega e dedicação. Não dá para saber o que vai acontecer, só o homem lá de cima para saber. O São Paulo está prestes a ser recompensado por ter um trabalho sério e com dedicação. As pessoas estão dando a vida para que aconteça.”
Depois da final do domingo, a sequência dos próximos cinco jogos do São Paulo no Brasileiro são: Corinthians, no Morumbi; Vasco, em São Januário; Grêmio, no Morumbi; Athletico Paranaense, na Arena da Baixada; e Cruzeiro, no Morumbi…
Fonte: R7
Foto: Divulgação