O governador Wilson Lima recebeu no fim da noite de terça-feira (29), um documento que recomenda o fechamento imediato do comércio e a suspensão dos serviços considerados não-essenciais por causa do aumento de casos de Covid-19 no Amazonas. A recomendação conjunta foi elaborada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público do Estado (MPE), Defensoria Pública da União (DPU) e Defensoria Pública do Estado (DPE).
O documento dá um prazo de 48 horas para a apresentação de uma resposta do governo e recomenda, inclusive, a solicitação da Força Nacional de Segurança para a garantia da segurança pública e o cumprimento das medidas sanitárias.
Segundo o governo, o texto seguirá para avaliação do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do governo do estado.
A nota foi redigida em função do aumento de casos de Covid-19 nos últimos dias. Na terça, Manaus bateu o recorde de internações diárias por Covid-19: foram 112 novas hospitalizações, número mais alto registrado no estado. O total de infectados passa de 198 mil e o número de mortes alcança 5,2 mil no estado.
No domingo (27), a capital já havia registrado um recorde dos últimos 7 meses de novos hospitalizados com Covid-19: foram 88 novos registros de pessoas internadas.
“Nós vamos avaliar todas as recomendações que foram dadas para entender que caminhos a gente pode seguir, levando em consideração que precisamos garantir a assistência, ampliar a nossa rede, o que nós estamos fazendo, e encontrar um equilíbrio entre as atividades econômicas. Mas não há outro caminho e a ciência não nos aponta outro caminho a não ser evitar aglomerações. Então estamos estudar nas próximas horas que medidas vamos tomar para poder conter o aumento que nós estamos tendo de Covid-19 no estado”, declarou o governador Wilson Lima.
Na semana passada, o governador chegou a anunciar o fechamento do comércio não essencial. Porém, Lima voltou atrás e autorizou a reabertura depois que comerciantes organizaram protestos contra a medida.
De acordo com o decreto que autorizou a reabertura, no dia 28 de dezembro, o funcionamento dos estabelecimentos poderia ser revisto conforme a evolução de casos da doença.
A recomendação solicita que as medidas permaneçam em vigor até que o Amazonas baixe para 85% o total de ocupação dos leitos clínicos e de UTI disponíveis para pacientes com COVID-19.
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