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Jornalista barrado por usar camisa LGBTQIA+ morre no Catar após passar mal em jogo da Copa

Catar – O jornalista esportivo americano Grant Wahl morreu na última sexta-feira (9) após desmaiar na cabine de imprensa enquanto cobria as quartas de final entre Argentina e Holanda da Copa do Mundo de 2022 no Catar, confirmaram os organizadores neste sábado (10). Grant ficou conhecido mundialmente após ser barrado de entrar em um jogo de seu país por estar usando uma camisa com um arco-íris, um dos símbolos LGBTQIA+.

O americano tinha 48 anos, “se sentiu mal na cabine de imprensa do estádio Lusail”, disse um porta-voz do Comitê Organizador Supremo. “Lá ele imediatamente recebeu tratamento médico urgente, que continuou durante sua transferência de ambulância para o Hamad General Hospital” em Doha.

O presidente da Fifa, Giani Infantino, enviou as “sinceras condolências” da instituição governante do futebol mundial e da “comunidade do futebol” à esposa, família e amigos do jornalista em um comunicado.

Autor de um livro sobre David Beckham, Wahl havia participado da cobertura de Copas do Mundo masculinas consecutivas, e atuou na revista Sports Illustrated de 1996 a 2020, antes de ingressar na CBS Sports em 2021, para onde trabalhava até sexta-feira.

De acordo com a rádio americana NPR, Wahl desmaiou na cabine de imprensa quando a partida chegou ao fim. Os serviços médicos realizaram ressuscitação cardiopulmonar antes de levá-lo em uma maca. Segundo o Wall Street Journal, Wahl teria sofrido um ataque cardíaco.

Há alguns dias, o jornalista tinha informado os assinantes de sua newsletter que havia ido a uma clínica do centro de mídia.

“Disseram que [eu] provavelmente estava com uma bronquite”, disse. “Três semanas com pouco sono, muito estresse e trabalho podem ter esse efeito sobre vocês (…) Pude sentir um novo nível de pressão e incômodo na parte alta do meu peito”, descreveu.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Prince, publicou no Twitter: “Estamos profundamente tristes ao saber da morte de Grant Wahl.”

“Estou em choque total”, afirmou na rede social a viúva, Celine Gounder, renomada epidemiologista que apareceu em várias ocasiões na televisão durante a pandemia de Covid-19.

Em um comunicado, a Federação de Futebol dos Estados Unidos também se manifestou: “Grant fez do futebol o trabalho de sua vida e estamos arrasados ​​porque ele e sua escrita brilhante não estarão mais conosco”.

Fonte: R7

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