Uma família acusa uma maternidade na Bahia por violência obstétrica após a morte de um bebê durante o parto. Liliane Ribeiro, mãe da criança, alegou que o bebê teria morrido após a médica tentar puxar a criança para fora da vagina e disse que “a unha dela estava enorme” e “parecia unha em gel”. O caso, ocorrido na Bahia, em 31 de outubro, está sendo investigado pela Polícia Civil.
Liliane detalhou abusos sofridos durante o parto, como a imposição de um parto normal mesmo com recomendação médica de cesárea. Ela contou que esperou 40 minutos para ser atendida após a bolsa romper e foi destratada pela equipe. Durante o procedimento, a médica teria feito uma manobra agressiva, o que teria causado um ferimento no pescoço da bebê. Segundo Liliane, o hospital alegou que a criança nasceu morta, mas a mãe afirma que sentiu o bebê se mexer momentos antes.
Segundo o relato, a vítima sofreu uma série de violência obstétrica. A equipe mandou fazer força, pois ela seria “rasgada até o talo”. Outro funcionário também pediu que ela “parasse de presepada”.
A família registrou o caso na delegacia e solicitou uma necropsia no Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer a causa da morte. A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento, com coleta de depoimentos e perícia.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) manifestou “profunda consternação” e anunciou uma sindicância para apurar o ocorrido.