Alemão detém recorde da etapa que precisou ser cancelada na temporada de 2023 por conta das fortes chuvas da região da Itália
O Grande Prêmio da Emilia Romagna, que aconteceria neste domingo (21), foi cancelado por conta das fortes chuvas que atingiram a região do norte da Itália. O circuito da Fórmula 1, no entanto, é carregado de histórias: na pista italiana, Michael Schumacher se tornou o maior vencedor do circuito. Mas, o mesmo autódromo traz tristes lembranças para os fãs de automobilismo: em 1994, o local foi o palco da morte de Ayrton Senna.
Inicialmente nomeado GP da Itália, o circuito de Ímola esteve no calendário da Fórmula 1 pela primeira vez em 1980. A corrida foi organizada para substituir o tradicional GP de Monza, que estava em obras, mas acabou se manteve dentre as etapas no ano seguinte. No entanto, para fazer referência à micronação que se encontra dentro do território italiano, passou a ser chamada de GP de San Marino.
Com esse nome, a disputa foi realizada até 2006, quando a organização da Fórmula 1 acabou com a realização de duas corridas na Itália. Mas, o circuito teve a chance de voltar para o calendário da categoria em 2020, como uma alterativa para substituir os circuitos suspensos durante a pandemia da Covid-19.
Em uma nova “fase”, a etapa passou a se chamar GP da Emília Romagna, região onde está localizada a cidade de Ímola. Em 2021, o contrato com a F1 foi renovado até 2025 e o circuito recebeu outro nome, ainda mais robusto do que o anterior: GP del Made in Italy e dell’Emilia Romagna.
Apesar dos inúmeros nomes, o GP da cidade de Ímola foi realizado sempre no Autódromo Enzo e Dino Ferrari. O local recebeu o nome em 1988, ano da morte de Enzo Ferrari, criador da Ferrari. Assim, o espaço se tornou uma forma de homenagear o fundador da fabricante italiana e o filho, Dino Ferrari, falecido em 1956. A sede da escuderia vermelha fica a apenas 80 km da cidade.
Outro fato que nunca mudou, por mais que acontecessem mudanças no nome da etapa, foi Michael Schumacher ser o maior campeão do circuito. A primeira vitória do alemão foi um tanto melancólica — o piloto foi o vencedor da triste corrida de 1994.
No entanto, aquele foi o primeiro capítulo da história gloriosa de Schumacher em terra italiana. Ao todo, foram seis vezes no lugar mais alto do pódio, em oito anos (1999 a 2006). Em 2001, ele perdeu para o irmão, Ralf Schumacher, e em 2005 foi batido por Fernando Alonso.
O fim de semana do GP de Ímola em 1994, que consagrou o alemão pela primeira vez, foi um dos mais assombrosos da história da Fórmula 1. Na sexta-feira, Rubens Barrichello perdeu o controle do monoposto da Jordan e sofreu um grave acidente. No dia seguinte, no sábado, austríaco Roland Ratzenberger teve uma forte batida e o acidente foi fatal.
No domingo, dia da corrida, no clima de luto e alerta, Ayrton Senna se opôs à realização da etapa, mas acabou convencido a participar do GP de San Marino. Ao entrar na curva Tamburello, mesma das batidas de Piquet em 1987 e Berger em 1989, o piloto perdeu o controle do carro da Williams e se chocou contra o muro de concreto. Ele recebeu atendimento na pista, mas poucas horas depois, foi declarado morto.
Mas, o Brasil também tem boas recordações no circuito. As duas primeiras edições da corrida, em 1980 e 1981, foram vencidas por Nelson Piquet. O próprio Ayrton Senna conquistou os GPs da cidade italiana em 1988, 1989 e 1991.
Sem o Grande Prêmio da Emilia Romagna, os 20 pilotos do grid da temporada de 2023 voltarão às pistas no próximo domingo, 28, em Mônaco. O circuito de rua na cidade de Montecarlo fez Ayrton Senna subir seis vezes no lugar mais alto do pódio e receber o apelido de “Rei de Mônaco”, por ser o maior campeão da etapa em toda a história.
Fonte: R7
Foto: Divulgação