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Motorista de Porsche que causou acidente fatal já está dividindo cela na cadeia

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, condutor de um Porsche que causou um acidente fatal no fim de março, está dividindo cela na penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, desde domingo (19). Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), ele passou duas semanas no Regime de Observação (isolamento) e foi liberado para ocupar uma cela comum.

Andrade Filho está preso desde 6 de maio. No dia seguinte, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou um habeas corpus e ele foi transferido para Tremembé.

A Justiça entendeu que o empresário estava interferindo nas investigações, motivo que justificou a prisão preventiva. O Ministério Público apresentou indícios de que a namorada de Fernando e a mãe dele combinaram o depoimento.

Também há inconsistências entre o que foi dito por elas e imagens do local do acidente, que terminou com a morte do motorista de aplicativo Ornaldo Viana. O passageiro do Porsche, Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo do empresário, ficou ferido.

Na semana passada, um novo vídeo em que Fernando aparece com a fala mole momentos antes do acidente foi divulgado. As imagens fazem parte do inquérito.

O caso

No dia 29 de abril, o Ministério Público denunciou o condutor do Porsche por homicídio doloso qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão) e lesão corporal gravíssima (que pode elevar a pena total em um sexto), ambos na modalidade dolo eventual. O último crime é devido aos ferimentos do amigo.

Uma perícia revelou que o Porsche estava a mais de 150 km/h na avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, na madrugada de 31 de março, pouco antes de atingir o Renault Sandero dirigido por Viana.

Após a batida, o motorista foi retirado do local do acidente pela mãe, após ela convencer os policiais militares de que o levaria a um hospital na região, o que nunca ocorreu. A PM também não realizou o teste do bafômetro. Passado o período de uma eventual prisão, Fernando Sastre Filho se apresentou a uma delegacia e passou a responder em liberdade.

A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) admite que houve erro de procedimento dos PMs e há uma investigação aberta para apurar as responsabilidades deles.

Fonte: R7

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