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Obra da artista indígena amazonense Duhigó é destaque em exposição em Buenos Aires

 

 

 

 

Em uma parceria entre a Manaus Amazônia Galeria de Arte e a editora de gravuras Papel Assinado, Duhigó é um dos destaques da arte contemporânea nesta exposição que conta a história de 80 anos da gravura brasileira

 

 

A obra “Cocar”, em gravura, criada pela artista visual indígena amazonense, Duhigó, pertencente ao Povo Tukano está entre as principais obras de artistas brasileiros selecionadas para compor o acervo da exposição “La tradición del grabado en Brasil- El viaje interminable”, que acontece até 27 de julho, no Espaço Cultural do Palácio Pereda, na Embaixada Brasileira, em Buenos Aires, Argentina.

Com curadoria de Luiz Dolino, esta que é a maior exposição internacional de gravuras brasileiras percorre um pouco mais de 80 anos da história da gravura produzida no Brasil (1940 – 2022) e celebra os 200 anos de relações diplomáticas com a Argentina. A abertura da exposição que tem 86 gravuras de 55 artistas brasileiros, dia 02 de junho, contou com a presença da Ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Duhigó, que também é a primeira artista indígena do Amazonas a fazer parte do acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP) e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, destaca a felicidade em ter sua obra exposta na Argentina. “Estou muito feliz em saber que minha obra de arte, o meu Cocar, será visto pelas pessoas da Argentina, é gratificante compartilhar o meu trabalho, o meu sonho e a minha arte”.

De acordo com o diretor da Manaus Amazônia Galeria de Arte, Carlysson Sena, com exceção do Brasil, a Argentina é o primeiro país da América Latina a ter uma obra de Duhigó dentro de uma exposição. “Isso é uma conquista da artista que foi captada pelos olhos atentos da curadoria da Papel Assinado e, que enxergou na poética amazônica e indígena da Duhigó uma das potências da produção nacional nas artes visuais contemporâneas”, afirmou o diretor.

Para o embaixador do Brasil na Argentina, Reinaldo Salgado, a obra de Duhigó mostra que “não se exclui e nem se esconde mais parte de nós mesmos, e ilustra o Brasil de hoje, em sua luta aguerrida para resgatar expressões dos povos originários e construir um futuro democrático, sustentável, equilibrado, justo e criativo”, destacou.

Segundo o diretor da Papel Assinado, Pedro Paulo Mendes, a exposição conta com obras de duas artistas indígenas, Duhigó e Carmézia Emiliano, que estão muito bem representadas entre outro artistas de renome brasileiros, entre eles: Anna Maria Maiolino , que acaba de estrelar uma exposição no Malba; Leda Catunda , que dividiu outra com Alejandra Seeber no mesmo museu em 2021 e agora participa da exposição El Dorado na Fundación Proa; Regina Silveira , que expôs no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires em 1998, Roberto Burle Marx, Iberê Camargo, Amílcar de Castro, Rubens Gerchman, Alfredo Volpi, entre outros. Todos na “El viaje interminable”. “Inclusive no texto de apresentação da exposição Duhigó e Carmézia Emiliano ganharam destaque na fala do Embaixador do Brasil na Argentina, Reinaldo Salgado”, explica Pedro Paulo.

PAPEL ASSINADO E MANAUS AMAZÔNIA

A Papel Assinado é casa editora de gravuras que está no mercado há 20 anos, gerida pelo editor, diretor e produtor de vídeos de artes Pedro Paulo Mendes e pela publicitaria Teca Lacerda, especializada em marketing cultural. Tem como principal promessa difundir a relevância da gravura no contexto das artes plásticas. Em parceria com a Manaus Amazônia Galeria de Arte a Papel Assinado realiza a produção de gravuras exclusivas de artistas visuais amazonenses para o mercado nacional e internacional.

Vai à Argentina? Agende:

“La tradición del grabado en Brasil- El viaje interminable”, exposição de gravuras que percorrem a história do Brasil, no Espaço Cultural do Palácio Pereda (Arroyo 1142).
De 3 de junho à 27 de julho, de quinta à domingo, das 13h às 20h.

 

 

Fonte e Foto: Divulgação

 

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