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Nos Estados Unidos, o jogador fala sobre sua vida longe do Brasil. Deixa claro porque é uma das maiores decepções do futebol deste país

“A minha decisão (de deixar o São Paulo) não foi fácil, mas me ajudou muito a desenvolver algumas coisa que eu poderia ser melhor como pessoa. Eu acreditei, entreguei meu trabalho para algumas pessoas e elas não contribuíram, mudaram esse caminho e não fiquei feliz.

“Senti que não deveria ter me aberto tanto pra confiar em algumas pessoas. Era algo de sentimento, vi que minha saída era melhor para mim e para o São Paulo, que teve suas vitórias mas acabou não ganhando o que queria ganhar.”

Alexandre Pato tentou disfarçar, mas ficou evidente a enorme mágoa de sua segunda passagem pelo Morumbi.

Reserva de Pablo, desprezado por Fernando Diniz e pela diretoria, ele decidiu ir embora.

Por mais que seja milionário, ele abriu mão de R$ 35 milhões, que receberia até o final de seu contrato, em agosto do ano passado.

Sua volta, em 2019 foi cercada de expectativa.

Mas frustrante dentro de campo.

Disperso, pouco participativo, lento, indeciso, mostrou futebol fraquíssimo.

Recebia R$ 1 milhão a cada 30 dias, juntando salários e luvas.

E tinha comportamento de estrela, sem proximidade com os companheiros, Comissão Técnica e até diretoria.

O resultado foi um clima insuportável.

A ponto do ex-treinador Fernando Diniz mal falar com o atleta.

Apesar de completar 32 anos em setembro, os dirigentes se queixavam da sua postura afetada.

Foram apenas nove gols em 35 partidas, entre 2019 e 2020.

Sua contratação desgastou muito o ex-jogador e ex-executivo do São Paulo, Raí. Ele acreditava que Pato seria fundamental para o time ganhar personalidade e conquistar um título. Deu tudo errado.

A saída de Pato foi vista com enorme alívio no Morumbi.

E causou ressentimento.

Os torcedores perceberam nas redes sociais.

Derrotas ou eliminações do São Paulo passaram a merecer ‘despretensiosos’ “bom dia” ou “boa noite” de Pato, nas redes sociais.

Uma lembrança de que não era ele o responsável pelos fracassos do clube.

“Eu sempre fui a pessoa que coloca boa noite, bom dia, uma mensagem. Todo mundo achava que tinha a ver com o São Paulo. Mas sair foi uma decisão minha. Se eu quisesse ficar, ficaria. Eu voltei para o São Paulo abrindo parte de uma questão financeira. E saí abrindo mão de muito dinheiro. Eu gosto muito do clube”, disse ontem ao SBT.

Contraditório, como sempre, revelou que voltaria ao Corinthians. E que negociou com o Flamengo antes de voltar ao São Paulo.

Só não falou que havia acertado antes, em 2019, com o Palmeiras.

E na hora de assinar contrato, pediu mais dinheiro, ou iria para o São Paulo.

Foi liberado pela direção do Palmeiras.

Depois que fracassou e rescindiu com o São Paulo, ele ficou cinco meses sem jogar.

O Internacional até tentou contratá-lo.

Só que ele não abria mão de seu salário altíssimo.

Até acertar com o Orlando City.

 

 

Pato é uma das maiores decepções do futebol brasileiro.

Surgiu como grande promessa no Internacional. Foi para o Milan. Veio para o Corinthians. São Paulo. Passou pelo Chelsea. Villarreal. Tianjin Tianhai.

Se perdeu como atleta ao decidir ser celebridade.

Quando quis voltar atrás e investir na carreira, era tarde…

Sua última convocação para a Seleção Brasileira foi em 2013, com Felipão.

 

Fonte: R7

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