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A Polícia Federal e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) deflagraram nesta terça-feira (21) uma operação que investiga um suposto caixa dois na campanha do senador José Serra (PSDB) em 2014.
Segundo investigações, há indícios de que o senador recebeu cerca de R$ 5 milhões em doações eleitorais não contabilizadas. Estes valores teriam sido repassados por José Seripieri Júnior, acionista controlador de um grupo empresarial do ramo da venda de planos de saúde.
Pessoas que teriam sido contratadas em 2014 para estruturar os pagamentos colaboraram espontaneamente com as investigações da Justiça Eleitoral de São Paulo. Os pagamentos teriam sido efetuados por meio de transações societárias simuladas, o que ocultaria a origem ilícita dos valores.
A PF apontou ainda que a investigação identificou outros pagamentos, ‘em quantias também elevadas e efetuados por grandes empresas, uma delas do setor de nutrição e outra do ramo da construção civil, todos destinados a uma das empresas supostamente utilizadas pelo então candidato para a ocultação do recebimento das doações’. “Tais fatos ocorreram também perto das eleições de 2014 e serão objeto de aprofundamento na fase ostensiva das investigações”, afirmou a corporação.
Lava Jato
A operação, chamada Paralelo 23, é a terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral. São cumpridos cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Itu-SP e no Distrito Federal.
Até a última atualização desta reportagem, a defesa do senador José Serra não havia se manifestado.