O prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso (União Brasil), desrespeitou nesta quinta-feira (03) a ordem do juiz eleitoral Cássio André Borges dos Santos, que havia determinado a manutenção de uma distância de 100 metros da candidata à prefeitura pelo MDB, Professora Áurea. Barroso está sendo investigado por crime de violência política de gênero.
A situação se agravou quando a Polícia Militar prendeu o motorista do prefeito, que também trabalha para o candidato Anderson (PT). O motorista foi detido por desacato e resistência à prisão após ser encontrado em frente à casa da candidata do MDB, em desobediência à medida protetiva do juiz.
No momento da abordagem policial, Raylan Barroso e Anderson chegaram ao local e tentaram intervir na prisão do motorista, gerando uma cena de tumulto e agressões verbais aos policiais. Testemunhas relataram que uma pessoa que filmava a ação foi agredida pela irmã do prefeito, Tayrine Alencar, que usou spray de pimenta.
Informações de policiais indicam que Raylan e Anderson alugaram uma residência próxima à casa de Professora Áurea, a apenas 10 metros de distância, infringindo a ordem judicial. O local se tornou um ponto de reunião para apoiadores do prefeito, aumentando a tensão em torno da candidatura da MDB.
Vídeos gravados por moradores mostram Raylan tentando impedir a prisão de seu motorista, xingando e agredindo verbalmente os policiais. Em outra gravação, Anderson também se manifesta de maneira desrespeitosa, confrontando os PMs.
A confusão afetou emocionalmente Professora Áurea, que decidiu cancelar sua agenda política para o dia. A assessoria jurídica da coligação “Eirunepé Para Todos” informou que o caso foi levado à Justiça Eleitoral, solicitando medidas urgentes.