Filho matou os pais a facadas e feriu a irmã na manhã desta quarta-feira. Segundo testemunhas, ele teve um surto psicótico
Funcionários do prédio de Águas Claras onde Marcelo Ribeiro Gonçalves Ferreira, 38 anos, matou a facadas os pais, Leila Ribeiro Gonçalves Ferreira, 71, e Rubem Luiz Correa Ferreira, 73, e feriu a irmã, Luciana Ferreira Garcia, 53, foram os primeiros a chegar à cena do crime. “Eu entrei, vi aquela cena. Fiquei em estado de choque. Ele não falou nada, também não consegui perguntar. Saí e chamei a polícia”, contou um deles.
O duplo homicídio aconteceu por volta das 10h30 desta quarta-feira no Edifício Atrium, na Rua 19 Sul.
O empregado do prédio contou que os pais chegaram ao apartamento ontem, após o filho passar mal em um supermercado. No meio da manhã, a irmã do acusado desceu correndo, com um corte abaixo da axila, pedindo ajuda. “Ela dizia que ele (o irmão) mataria o pai e a mãe. Pediu socorro”, contou.
Segundo a testemunha, a irmã foi a primeira a ser atingida pelas facadas. Assim que recebeu o golpe, ela saiu correndo para pedir ajuda. Quando os funcionários subiram na quitinete de Marcelo, o encontraram deitado no sofá, paralisado. A faca usada no crime ficou cravada no pescoço do pai.
A irmã do acusado foi levada ao pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) pelo marido. Marcelo também recebeu atendimento no HRT, pois ficou com as mãos e os pés feridos.
Esquizofrenia
Segundo informações de moradores, Marcelo morava sozinho no apartamento. Ele teve um surto ontem em um supermercado de Águas Claras. O Metrópoles apurou que o acusado precisou de uma massagem cardíaca, feita por uma enfermeira Lana Patrícia de Figueiredo Miana, 53 anos, no próprio estabelecimento.
A profissional da saúde passava diante do estabelecimento quando o Marcelo passou mal. Ele estava correndo pela rua quando caiu em frente ao local. “Ele não conseguia respirar, tive de fazer massagem cardíaca. O porteiro do prédio em que ele mora também apareceu e passou o contato do pai. Conversei com ele, e ele informou que o filho tomava medicamento controlado e sofria de esquizofrenia. Hoje, eu vim aqui no prédio para saber como ele estava e recebi a notícia do crime”, contou Lana.