Brasil – Consolidado no país inteiro, o programa DNA do Brasil busca novas parcerias com entidades da indústria, do comércio e do esporte no Amazonas para ampliar o número de estudantes da rede pública atendidos pela iniciativa, voltada a realizar o mapeamento de talentos e o desenvolvimento de habilidades de crianças e adolescentes brasileiros. O programa já vem realizando um trabalho de análise inicial das avaliações físicas, psicológicas e vocacionais com cerca de 27 mil estudantes amazonenses de escolas públicas desde o ano passado.
Para apresentar aos representantes da cadeia produtiva local os objetivos, a metodologia utilizada e os principais resultados já obtidos pelo Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura, Esporte e Educação (Idecace), responsável pelo programa, o presidente do Idecace, Wilson Cardoso, e o ex-atleta campeão mundial de salto triplo Jadel Gregório realizaram encontro em Manaus com representantes da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
Para Wilson Cardoso, presidente Instituto Idecace, novos parceiros possibilitam que mais crianças, adolescentes e suas famílias sejam beneficiadas pelo programa e tenham oportunidade de melhor desenvolvimento de habilidades e competências. “Hoje, o programa tem parcerias com importantes clubes do futebol brasileiro como o Flamengo e o Gama, tradicional clube do distrito federal e um dos maiores do Centro-Oeste. Já tivemos talentos convocados para jogar no Flamengo feminino, nós também somos responsáveis pela peneira do Gama. Nossa iniciativa tem chegado a todos os cantos do Brasil e transformado a vida de muitas crianças e adolescentes”.
O projeto tem como forma de atuação e metodologia a captação de jovens por meio do esporte e projetos sociais de fomento à cultura e socialização, para formar jovens capacitados para os desafios do mercado de trabalho e relacionamento familiar. Ex-atleta olímpico e medalhista de ouro do Pan-americano de 2007, Jadel Gregório usou seu exemplo de vida para ressaltar a importância de projetos sociais como este para as vidas de crianças e adolescentes.
“Eu cresci na periferia, sei das dificuldades que os jovens passam para realizar os seus sonhos, depois de muito esforço e dedicação tive a vida transformada pelo esporte e acredito que o esporte seja uma das melhores formas de inclusão social”, disse o ex-atleta, durante o encontro em Manaus.
Os representantes do Instituto Idecace também visitarão o interior do Amazonas. No próximo mês, Wilson Cardoso e Jadel Gregório irão até a comunidade indígena Iauaretê, na zona rural de São Gabriel da Cachoeira, para acompanhar a implementação de ações do programa DNA do Brasil.
Parceiros
O DNA do Brasil também conta com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), que seleciona os jovens e encaminha para o mercado de trabalho. Para o representante da Fieam, Matheus Martin, o projeto DNA do Brasil é fundamental para a adaptação progressiva dos jovens para o mercado de trabalho. Matheus também destacou o apoio da Fieam a essa iniciativa: “Em nome da federação, afirmo que o projeto DNA do Brasil tem nosso total apoio. Esse é um importante passo para os jovens se adaptarem aos desafios do mercado de trabalho, principalmente por meio do esporte, que ressalta valores como disciplina e foco.”
Para o secretário executivo adjunto da Sejel, Fábio Henrique Albuquerque, a escola deve ser a segunda casa das crianças e adolescentes e acredita no potencial do projeto para alavancar a juventude amazonense e auxiliá-los no desenvolvimento profissional. “Precisamos incentivar nossas crianças a aprender os deveres e valores adequados para se tornarem grandes profissionais no futuro. Precisamos valorizar o respeito entre o aluno e professor. O DNA veio pra isso: para auxiliar os pais, professores e alunos nesse processo”,
Sobre o ‘DNA do Brasil’
Alinhando ciência e educação, o Idecace desenvolveu um método pedagógico que ensina português, matemática e desenvolvimento social aos participantes do programa DNA do Brasil, pois além de identificar e formar atletas, o projeto busca alinhar o esporte ao desenvolvimento humano integral.
Utilizando uma metodologia única, com bases científicas publicadas, a tecnologia do programa utiliza sistema próprio alimentado via tablets para avaliar diversas habilidades de meninos e meninas. Com esses dados em mãos, é possível identificar a modalidade individual de aptidão de cada aluno.
Os pais têm acesso a um aplicativo para acompanhar o desenvolvimento dos filhos e os professores têm seus apps para fornecer as modalidades aos pequenos, bem como o seu índice de desenvolvimento e a vocação para a carreira. Como a metodologia abrange a área vocacional, pode detectar, por exemplo, um adolescente habilitado ao esporte e a uma área específica do mercado.
Pelo argumento do esporte e com a ajuda dessa tecnologia inovadora, a entidade consegue ainda fazer uma ampla avaliação da saúde desse aluno, além de uma avaliação psicossocial, detectando seu grau de autoestima.