No caso das mulheres, a queda capilar pode estar ligada ao desequilíbrio hormonal, período pós-parto, cirurgias, dietas restritivas com emagrecimento rápido e infecções agudas, com covid-19 e dengue
Que a calvície é um problema para os homens, não há dúvida. Porém, no caso das mulheres a questão pode ser ainda mais dramática, uma vez que a perda das madeixas pode afetar não somente questões físicas e estéticas, mas emocionais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de 50% das brasileiras sofrem com algum grau de queda capilar.
Conforme explicam especialistas, uma das principais causas, em especial para aquelas mulheres acima dos 40 anos, está ligada à testosterona (hormônio masculino) no corpo feminino. A redução fica evidenciada durante a menopausa com a redução dos demais hormônios femininos, além de outros fatores como: a falta de nutrientes, o uso de medicamentos, estresse, excesso de oleosidade, produtos químicos, período pós-parto, cirurgias, dietas restritivas com emagrecimento rápido e infecções agudas, como a covid-19 e a dengue.
“Muitas delas acreditam que o deficit capilar a partir dessa faixa etária é irreversível e isso é totalmente falso”, enfatiza Cibele Luziê proprietária da Clínica Fio Terapia Capilar em Brasília. “Não apenas as mulheres acima dos 40 anos, mas qualquer pessoa pode ter o quadro de queda revertido, caso o bulbo capilar ainda esteja vivo. E não estamos falando de cirurgia e nem procedimentos dolorosos. São tratamentos simples e eficazes”, completa.
Cibele Luziê explica que os fios de cabelo têm uma espécie de ciclo de vida e quando ele termina, cai para que um novo fio nasça no mesmo folículo. Dessa forma, a perda de até 100 fios diariamente é normal.
De acordo com a especialista, a calvície feminina, também conhecida como alopecia androgénetica, como o nome já diz, tem origem genética e a recomendação é para que, ao perceber as primeiras perdas ou afinamento dos fios de cabelo, procure por um profissional para o diagnóstico correto seguido do tratamento assertivo. “Estamos falando aqui somente das causas genéticas e hormonais, mas há também questões ambientais e emocionais envolvidas que não podem ser deixadas de lado”, destaca Cibele Luziê, que tem mais de 4 mil atendimentos realizados à frente da Fio Terapia Capilar.
Segundo ela, a avaliação preliminar vai ser fundamental para saber qual procedimento ser adotado. “O transplante capilar é a última possibilidade. Antes disso verifica-se a possibilidade do emprego de injetáveis (vitaminas) ativos de crescimento, aplicação de óleos essenciais o uso de laser. Enfim, atualmente, podemos dizer que reverter a queda capilar é totalmente possível ”, finaliza.
Fonte: Correio Braziliense
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