Uma estreia no jornalismo literário com os relatos da carreira do radialista, âncora de televisão e consultor de imprensa, Cristóvão Nonato, tem seu lançamento agendado para os dias 26, 27 e 28/11, das 13h às 21h, no auditório da Fundação Dr. Thomas, durante o 3o. Festival Literário de Manaus (FLIM).
A obra é composta de 21 crônicas que fazem um passeio pelas quatro décadas de atuação de Nonato no jornalismo, em rádio e televisão, além de assessoria de imprensa em órgãos públicos importantes na Amazônia.
“O tom é autobiográfico em primeira pessoa, onde relato os projetos e vivências mais marcantes da carreira, partindo do começo de tudo, aos 7 anos de idade, quando meu mestre Waldemar Lemos me mostra como funciona o rádio do seu pequeno estúdio de voz de bairro, serviço de autofalantes”, conta o autor.
Ele diz que seu objetivo primordial com a obra é mostrar aos estudantes de jornalismo e demais interessados a realidade de uma profissão muito dura, desafiadora, mas prazerosa e vital para a sociedade; e também contribuir para o esforço mundial de combate à desinformação e contaminação da opinião pública com as notícias falsas, as terríveis “fake news”.
São relatos que fundem o literário e o jornalístico, um toque de ficção a partir de impressões da realidade amazônida, desde sua infância quando o rei dos meios de comunicação era o rádio, passando, no período da faculdade, para a televisão, e evoluindo para a comunicação digital multiplataformas, nos dias atuais. “Conto também os desafios das lutas e perseguições enfrentadas na jornada, seja pelos interesses dos grupos de comunicação, da política e pela defesa da ética”, pontua Nonato.
No Prefácio, o professor de literatura, poeta e crítico literário, Carlos Guedelha, sublinha que o rádio e o jornalismo desempenham papel fundamental na Amazônia: “Em suas reminiscências, Cristóvão se esmera em recriar os flagrantes de sua formação, de suas atuações profissionais e das múltiplas vivências que a memória vai recolhendo na linha do tempo”. Segue descrevendo Guedelha: “Ali estão os primeiros anos da formação do menino que viria a ser o homem, as primeiras impressões sobre a linguagem e o seu encanto, a inspiração vinda do Rio e da floresta, o aprendizado junto aos mestres da comunicação, a vida universitária e suas ricas nuances, o mergulho no mundo do jornalismo e do radialismo e as descobertas sobre o poder, com sua fascinação e intrigas.”
O jornalista Arnoldo Santos fez a Apresentação da obra e ressalta que o livro é uma rica e complexa história da Amazônia, “com um foco especial na evolução das rádios e na cultura que floresceu ao longo das décadas”. E afirma: “Cristóvão não foi só testemunha ocular da história. Ele foi personagem dela, com protagonismo considerável, ao ponto deste livro ser descritivo, documental, mas testemunhal também.”
*Quatro fases*
Os quatro capítulos englobam as décadas que vão da estreia em rádio, na sua cidade, Guajará-Mirim (RO); seguido da formação universitária em Manaus; as experiências em outros Estados; e a última década em Manaus, na ativa entre veículos tradicionais de grandes grupos de comunicação e as assessorias de imprensa. “O trabalho de assessoria de imprensa é vital para a sobrevivência dos jornalistas, nessa selva do jornalismo, onde o jogo de interesses coloca à prova sua ética profissional, credibilidade e consciência”, revela Nonato.
O livro foi editado sob o selo da Manauara Editorial.