A Suprema Corte dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (17) uma lei que pode levar à proibição do TikTok, utilizado por cerca de 170 milhões de pessoas no país, a partir de domingo. O tribunal concluiu que a medida não infringe a liberdade de expressão e que as preocupações do governo sobre a propriedade chinesa do aplicativo são legítimas.
De acordo com a nova legislação, os usuários que tentarem acessar o aplicativo após a proibição serão redirecionados para uma mensagem informando sobre a medida, com opções para baixar seus conteúdos e dados. O TikTok, de propriedade da empresa chinesa ByteDance, enfrenta a acusação de que os dados dos usuários poderiam ser acessados pelo governo chinês, uma alegação que a ByteDance nega veementemente.
Em abril de 2024, o Congresso aprovou uma lei exigindo que a ByteDance vendesse sua operação nos EUA até 19 de janeiro de 2025, véspera da posse presidencial. Apesar de ofertas de investidores americanos, como a de Frank McCourt, que teria proposto a compra por 20 bilhões de dólares, a ByteDance recusou a venda e levou o caso à Suprema Corte, alegando que a lei viola a Primeira Emenda da Constituição.
O presidente eleito, Donald Trump, pediu que a Suprema Corte adiasse a decisão, afirmando que poderia negociar uma solução favorável. Enquanto isso, a liderança do TikTok informou internamente que está se preparando para diversos cenários e garantiu aos funcionários nos EUA que seus empregos, salários e benefícios serão preservados.
Com a decisão judicial e a pressão do governo americano, o futuro do TikTok no país permanece incerto, enquanto especialistas discutem os impactos da possível proibição na economia digital e na liberdade de expressão.
Com informações R7